Dia das mães: cerca de 66% paraibanos pretendem homenagear com presentes

Não há dúvidas que as agraciadas do mês merecem toda atenção e homenagens. E é para demonstrar todo o carinho por elas que 65,50% dos paraibanos afirmam que pretendem presentear as mães no seu dia neste mês de maio. A Pesquisa realizada pelo Instituto de Planejamento, Estatística e Desenvolvimento da Paraíba (INDEP) da Fecomércio Paraíba mostra que a grande maioria está otimista e irá continuar a tradição de dar presentes nesta data que é considerada a mais importante para o comércio neste primeiro semestre.

“Podemos atribuir esse bom resultado, em parte, ao aumento do nível de emprego com carteira assinada e ao início dos saques extraordinários das contas do FGTS dos trabalhadores. Esses fatores contribuíram para tornar os consumidores mais otimistas e, parte desse otimismo, pode ser destinado às compras dos presentes do Dia das Mães”, destacou o Presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros.

Como nos anos anteriores, os itens de vestuário serão os mais procurados pelos filhos (32,03%). Os perfumes (19,57%) aparecem em segundo lugar, seguidos pelos eletrodomésticos e eletroeletrônicos (10,32%). Dentre estes, os mais citados foram os smartphones, apontados por 34,48% dos respondentes. Na lista dos presentes ainda aparecem: geladeira, air fryer (fritadeira elétrica) e liquidificador, cada com 10,34% das intenções de compra. Outros produtos também foram citados, a exemplo de calçados (7,47%), joias e bijuterias (5,69%), utensílios para o lar (4,98%) e cosméticos (3,56%). É importante destacar que como se trata de intenção de presentear, os entrevistados poderiam citar mais de uma opção, o que torna o somatório das respostas superior a cem por cento.

Se a maioria dos filhos querem presentear roupas, as mães também elegeram esse item como o presente preferido, citado por 27,03%. As mães também apontaram: eletrodomésticos/eletroeletrônicos (21,62%), sendo que destes, os smartphones foram os mais citados (28,13%), seguidos por geladeira e máquina de lavar roupas, ambos com 12,50% das respostas. Ainda foram citados perfumes (14,19%) e viagem (4,73%). Nesta questão a entrevistada poderia citar mais de um tipo de presente que gostaria de receber, o que torna o somatório das respostas superior a 100%.

Os filhos pretendem gastar uma média de R$200,72 com o presente, valor inferior em 5,63% quando comparado a 2019 (R$212,69), antes da pandemia da Covid-19. A maior parte dos entrevistados (31,67%) deve comprar presentes com valores entre R$ 51,00 e R$ 100,00 e 29,54% pretendem gastar entre R$101 e R$200. Já os presentes com valores acima de R$800,00 foram informados por 3,20% do total.

Quanto à forma de pagamento, a maioria (53,02%) pretende comprar à vista. Destes, 59,73% pretendem utilizar o dinheiro em espécie; 22,15% querem utilizar débito em conta e 17,45% pretendem pagar através de pix. Já entre os que optarão por pagar a prazo (46,98%), 99,24% irão usar o cartão de crédito. Os entrevistados pretendem economizar na hora da compra: 70,46% querem fazer pesquisa de preço, 17,79% desejam comprar presentes com preços mais baixos, 16,73% vão comprar no local que a mãe escolher e 3,26% pretendem comprar os presentes em conjunto com os familiares.

Sobre o local das compras, 48,75% dos entrevistados pretendem adquirir os presentes nos shoppings centers, devido à diversidade de produtos, ao conforto e à segurança que estes estabelecimentos oferecem. Já para 29,18%, os locais escolhidos para as compras serão as lojas do Centro de João Pessoa. As compras pela internet aparecem em 3º lugar, citadas por 19,93%. Para escolher o local de compras, os consumidores irão considerar: local onde os preços estiverem melhor (53,02%), acessibilidade (29,18%), conforto (26,69%), qualidade dos produtos oferecidos (20,28%) e atendimento (17,08%).

Perfil do consumidor

Ao traçar o perfil dos entrevistados, verificou-se que as mulheres representam a maioria, com 53,61%. Do total, 45,45% dos entrevistados estão casados ou vivem em união estável, seguidos por 45,22% que são solteiros; depois aparecem os divorciados (7,23%) e os viúvos (1,63%). No que condiz à faixa etária destes consumidores, a maioria possui entre 26 e 36 anos (32,87% do total), e 23,08% possuem idades entre 37 e 47 anos. Já em relação à escolaridade, 34,73% concluíram o ensino médio, seguidos por 27,74% que possuem ensino superior completo.

De acordo com a pesquisa, o maior número de entrevistados possui renda mensal de até um salário mínimo, representando um percentual de 32,17%. Em seguida, encontram-se os consumidores com rendimento entre um e dois salários mínimos (29,14%) e superior a seis salários (2,56%). Ainda no que condiz à faixa de renda, 12,59% dos consumidores afirmaram não possuir rendimentos (representando os que não têm ocupação remunerada ou estão fora do mercado, são dependentes financeiros dos cônjuges ou estudantes).

Em relação à situação financeira, a maior parte dos entrevistados (41,96%) afirmou que a situação financeira permaneceu semelhante a que tinha no ano passado. Já para um grupo de 29,84% a situação financeira está pior este ano. Destes, 40,63% afirmaram que o principal motivo para isso é a inflação e 27,34% estão endividados.  

Metodologia

A pesquisa foi realizada no período de 20 a 27 de abril de 2022, com consumidores que residem na Região Metropolitana de João Pessoa. No total, foram aplicados 429 questionários devidamente estruturados, com entrevistas realizadas em pontos onde ocorrem as maiores concentrações de vendas na RMJP. Os entrevistados foram escolhidos de forma aleatória (sendo necessário ter idade igual ou superior a 18 anos). Para que o trabalho apresentasse resultado satisfatório foi calculado um erro amostral de 4,73% e o índice de confiança de 95,00%.