Influenciado por otimismo com Dia dos Pais, Icec avança 4,3% e mostra que setor acredita na economia e na imunização para manter as vendas no 2º semestre.
A confiança do comerciante brasileiro avançou novamente em agosto, crescendo pela terceira vez consecutiva no ano. É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O indicador aumentou 4,3% em relação ao mês anterior, chegando a 115 pontos, acima da zona considerada de satisfação. No comparativo anual, o crescimento foi de 47,2%. Entre os motivos apurados, a alta aparece reforçada pela expectativa de melhoria das vendas do Dia dos Pais e da economia em geral.
O resultado mostrou a continuação da tendência de incremento da confiança dos empresários, após fortes aumentos ocorridos em junho (12,2%) e julho (11,7%). O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforça que a proporção de pessoas vacinadas no País está diretamente ligada à resposta do setor, ainda muito dependente das vendas presenciais. “Mesmo com alta digitalização do comércio e adoção de serviços de delivery, seja em shopping centers ou lojas de rua, é um segmento que tende a acompanhar essa movimentação física de pessoas”, explica Tadros.
Desde julho, o Icec se encontra na zona de otimismo. Como vem aparecendo nas últimas pesquisas, o subitem relativo às condições atuais do empresário do setor (10,6%) é o principal responsável pela alta, sobretudo de outro subitem sobre a percepção de que as condições da economia melhoraram (14,9%). Outros fatores reforçaram esse entendimento, como o possível cenário de manutenção do emprego, seguido do crescimento da renda, bem como dos acréscimos sobre o faturamento do comércio em decorrência do pagamento da quarta parcela do auxílio emergencial.
2º semestre mais otimista
“O indicador aponta um segundo semestre mais positivo, com vendas impulsionadas por datas comemorativas que têm tudo para acontecer acima do ano passado. Além disso, há uma nítida sensação de que as condições atuais da economia evoluíram até o momento, colocando o olhar dos comerciantes sobre a crise no espelho retrovisor”, acredita Antonio Everton, economista da CNC responsável pela pesquisa.
Dentre os três componentes do Icec, o que se refere a expectativas dos comerciantes (151,3 pontos) é o que se mantém com maior distância dos outros. Na sequência, ainda dentro da zona de otimismo, aparece intenção de investimentos (101,7 pontos). Mas, apesar de vir crescendo ultimamente, o sentimento quanto à realidade dos empresários do comércio ainda se apresenta na zona de insatisfação (92,1 pontos).
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