Indicador de agosto atinge terceira alta seguida e mostra melhora na perspectiva de compras nos próximos meses.
A expectativa de consumo dos brasileiros segue em alta no mês de agosto. No terceiro aumento consecutivo, o indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 2,1%, atingindo 70,2 pontos. O resultado é o melhor desde abril deste ano e ficou 6,1% acima do registrado no mesmo período de 2020. O índice, porém, segue abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o que acontece desde 2015.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que o indicador se mantém em alta por conta de fatores como o aumento da imunização e perspectiva de melhoria econômica. “De modo geral, a população tem se sentido mais segura para consumir, seja no ato de sair de casa para comprar ou de gastar com a confiança de que vai haver salário no fim do mês. Mas é preciso manter todos os cuidados de higiene e prevenção, em especial diante de novas cepas do coronavírus, que nos deixa em maior alerta”, diz Tadros.
Expectativa para os próximos meses
Novamente, todos os subíndices da pesquisa apresentaram resultados positivos no mês, com destaque para o que mede a Perspectiva de Consumo, que cresceu 5,6% na passagem mensal, atingindo 70,7 pontos, melhor resultado desde maio de 2020. O item foi o de maior crescimento em agosto e revelou melhora na percepção dos brasileiros em relação a compras no segundo semestre. O Nível de Consumo Atual também melhorou (3,7%), alcançando 55,2 pontos, o maior patamar desde março deste ano.
“O percentual de famílias que consideram seu consumo abaixo do que no ano passado atingiu o menor nível desde fevereiro de 2021. O ICF deste mês mostra que a expectativa das famílias brasileiras é que o ambiente econômico mais positivo, percebido no curto prazo, se prolongue para o longo prazo”, aponta a economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva.
Emprego mantém base
Em relação à Renda Atual, o item cresceu 1,8% em agosto deste ano, continuando a tendência de aumento pelo terceiro mês, enquanto na comparação anual houve crescimento pela primeira vez desde abril de 2020, de 1,2%. Já o Emprego Atual mostrou um crescimento mensal tímido, de 0,4%, o menor do período. O número absoluto atingido por este item na pesquisa (87,3 pontos), no entanto, foi o maior no mês e mostra sua força na base da recuperação do consumo.
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