Mesmo neste momento de dificuldades e obstáculos causados pela pandemia do Coronavírus, os números da economia do estado da Paraíba e do Brasil surpreendem a todos nós. Neste ponto, gostaríamos de destacar o empenho da classe empresarial e da população, que seguem enfrentando todos os novos desafios que esse período traz consigo, sempre atendendo as recomendações das autoridades sanitárias.
Na realidade da Paraíba, os números do primeiro semestre (janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho) de 2021 nos deixam otimistas, visto que houve um constante aumento nas vendas do comércio e dos serviços, comprovados pelo crescimento na arrecadação do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – que nos baseiam de como os produtos estão circulando e, consequentemente, gerando renda e aumentando na oferta de empregos no estado. Esses dados são mostrados por pesquisas do Instituto de Planejamento, Estatística e Desenvolvimento da Paraíba (INPES) da Federação do Comércio e confirmados pela Secretaria de Estado da Receita.
E os números positivos não param. Um exemplo disso é número de empresas ativas no estado, em especial do setor terciário na Paraíba, que teve um crescimento de cerca de 16% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Secretaria de Estado da Receita (SER-PB).
Outro dado que merece destaque é o da geração de empregos formais, já que na Paraíba cresceu o número de contratações com carteira assinada, tanto no comércio, como nos serviços e nas empresas de turismo, somando mais de oito mil postos de trabalho formais só nos primeiros cinco meses do ano. Em relação aos números nacionais, também houve um aumento na oferta de empregos formais, tendo um saldo positivo em maio de 2021 de mais de 280 mil vagas em todo o Brasil, segundo os números do Novo CAGED/ RAIS, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
A expansão da atividade econômica também se reflete na projeção do PIB (Produto Interno Bruto) – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A previsão de crescimento era de 2,5%, mas foi reajustada por economistas e principais bancos do mundo, que já sinalizam uma alta do PIB do Brasil em torno de 4,5%.
Outro dado que merece destaque é o da balança comercial, que registrou o melhor saldo da história para o primeiro semestre, quando o país exportou US$ 37,496 bilhões a mais do que importou. O saldo é 68,2% maior do que nos primeiros meses de 2020. As exportações bateram recorde histórico para os seis primeiros meses desde o início da série histórica, em 1989, de acordo com informações da Agência Brasil.
Esses fatores citados, melhoria na projeção do PIB e valorização nos preços das commodities, explicam também outro dado positivo: saldo recorde histórico de estrangeiros que, novamente, investem e acreditam no Brasil. Esses investidores aportaram R$ 48 bilhões no mercado à vista, sem contar as aberturas de capital, segundo a B3. É o melhor desempenho da série histórica compilada pelo Estadão/Broadcast, que vem desde o Plano Real.
Ainda em âmbito nacional é importante registrar que, de janeiro a maio de 2021, a Receita arrecadou entre IRPJ, IRPF, IPI, CSLL, PIS e Cofins R$744,828 bilhões, uma alta real (descontada a inflação) de 21,17% na comparação com o mesmo período do ano passado e novo recorde para o período.
Marconi Medeiros
Presidente da Fecomércio Paraíba